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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Tanenbaum e seus sistemas operacionais

A proposta inicial de Tanenbaum era de um SO voltado para suporte a cursos universitários, em 1987. Ele utilizava em seus cursos uma versão do Unix, e ele começou a considerar esta ideia horrível, pois estas versões Unix eram, de certa forma, não livres (Unix AT&T), tanto que a versão 7 deste Unix trouxe em sua licença uma impossibilidade de utilização como estudo.
Como vários estudantes de computação vinham estudando SO com Unix, ao redor do mundo, Tanenbaum, então, pensou em construir um SO Unix-like, entendendo que isto não seria tão difícil (bom, pelo menos pra ele!!).
Eu decidi criar meu próprio sistema operacional compatível com o V7, mas que eu pudesse utilizar em cursos com um sistema operacional Unix-like”, disse Tanenbaum em seu livro.
Começou sua escrita em um simulador, que seria um ambiente determinístico e capaz de reproduzir de forma controlada o ambiente. Rodava seu SO até que ele falhasse , e quando isto ocorria, revia suas últimas 100.000 instruções para encontrar o problema.
Engraçado que ele teve mais problemas na construção do simulador do que no SO em questão, mas como seu foco era o SO, considera ter perdido a oportunidade de ter inventado o VMWare ainda na década de 1980.
O SO passou a rodar perfeitamente no simulador, mas parava no hardware. Até que ele estava prestes a desistir, quando um dos seus alunos concluiu que o processador ficava quente e gerava uma interrupção, e que Tanenbaum não havia identificado pois o manual do processador não mencionava isto. Então ele contornou esta situação e concluiu seu SO, e um novo livro a respeito (citado acima).
A principal contribuição deste fato, relatado pelo autor do artigo, é que rapidamente os SOs Unix-like com licença proprietária passaram a não fazer sentido, apesar do apelo comercial que poderiam levantar. Ou seja, este esforço pode ter garantido a existência atual dos softwares livres, principalmente dos Linux que tanto gostamos hoje em dia.




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