Nas
três últimas décadas, a dinâmica da economia mundial sofreu
profundas transformações nos modelos de geração e acumulação de
riqueza. Diferentemente do antigo padrão de acumulação baseado em
recursos tangíveis, dispersos ao redor do mundo, no atual padrão, o
conhecimento e a informação exercem papeis centrais, sendo as
tecnologias de informação e comunicação seu elemento propulsor.
Essas tecnologias, que têm como base a microeletrônica, as
telecomunicações e a informática, constituem o setor de Tecnologia
da Informação e Comunicação, ou TICs (ESTATÍSTICA, 2013).
Dados
do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação sobre dispêndios
em 2011, mostram um investimento maciço em TICs, tanto por parte do
governo, quanto pela iniciativa privada (Figura 1).
Figura 1 - Dispêndio nacional
em ciência e tecnologia (C&T) (em valores de 2011), total e por
setor, 2000-2011
Fonte(s):
Dispêndios
Federais: Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal (Siafi). Extração especial realizada pelo Serviço Federal
de Processamento de Dados - Serpro;
Dispêndios
Estaduais: Balanços Gerais dos Estados e levantamentos realizados
pelas Secretaras Estaduais de Ciência e Tecnologia ou instituições
afins; e,
Dispêndios
empresariais: Pesquisa de Inovação Tecnológica - Pintec/IBGE e
levantamento realizado pelas empresas estatais federais, a pedido do
MCTI.
Este
investimento vem demostrando resultados. O mercado brasileiro de
Tecnologia da Informação (TI) é o sétimo maior do mundo, com
faturamento de US$ 123 bilhões em 2012 e tem representação de 5,2%
do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O Brasil também está em
sétimo lugar do mundo no que diz respeito ao mercado de software e
serviços com faturamento em 2012 de US$ 27,1 bilhões, representando
4,1% do mercado de TIC e 7,7% do mercado de TI (SOFTWARE,
2013).
No
setor de tecnologia da informação, atualmente são 1,2 milhões de
trabalhadores empregados e estão sobrando 115 mil vagas. A previsão
é que até 2020 devem surgir 750 mil empregos e até 2022 o Brasil
tem tudo para se tornar um dos quatros maiores centros de TI do mundo
(COMUNICAÇÃO, 2012).
Segundo
o SENAI, até 2014, o setor de TI vai precisar de cerca de 129,5
profissionais de diversos segmentos, sendo 50,3 mil Montadores de
Equipamentos eletrônicos, 45,6 mil Analistas de Sistemas, 30,9 mil
Técnicos de Computadores e Desenvolvimento de Sistemas, 1,7 mil
Operadores de Rede de Teleprocessamento e 1 mil Engenheiros em
Computação. O número de vagas disponíveis é grande, mas é
insuficiente a quantidade de formandos nas universidades, pois o
Brasil forma em torno de 85 mil profissionais por ano para todos os
campos da TI (COMUNICAÇÃO,
2012).
De
acordo com o IBGE, um terço das microempresas brasileiras, por conta
da dificuldade no recrutamento de especialistas em desenvolvimento de
sistemas, não consegue preencher as suas vagas abertas destinadas a
profissionais de TI. A principal alegação das empresas de grande
porte é a falta de mão de obra com conhecimento avançados em
linguagens de programação.
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